A cetamina é um anestésico e sedativo, desenvolvida em 1962 e considerada extremamente segura, sendo indicada em diversos países para procedimentos cirúrgicos de curta duração ou procedimentos médicos que não necessitem de relaxamento muscular, como cesárea, desbridamento, enxertos de pele em casos de queimaduras ou punção lombar, por exemplo. Capaz de provocar um estado profundo de analgesia, em que a pessoa não sente dor, mas permanece com o tônus muscular normal, sem alterar a respiração e o funcionamento dos órgãos vitais.
A cetamina é encontrada somente em hospitais ou clínicas de procedimentos médicos, aplicada diretamente na veia, com doses individualizadas.
Os principais efeitos colaterais e mais comuns durante o uso da cetamina são dissociação, sedação leve, aumento da pressão sanguínea ou dos batimentos cardíacos.
O Dr. Tiago Gil (CRM/SP 157384 RQE 64.781), fundador e responsável pelo Centro de Cetamina, pode afirmar que em todos os artigos publicados sobre cetamina para tratamento de transtornos de humor, encontrou-se que efeitos colaterais são relacionados a dose infundida, quanto maior a dose, maior os efeitos colaterais.
Todas as vias de administração produzem efeitos colaterais. Os mais comuns são (sem relação com a frequência): dissociação, sedação moderada, hipertensão, taquicardia, náusea, diplopia, vertigem e cefaléia. Os sintomas clínicos normalmente desaparecem em até 90 minutos.
Alguns pacientes podem desistir do tratamento por não tolerar os efeitos colaterais. Preocupações com dependência também foram avaliadas, mas não se encontrou que o tratamento para depressão pudesse levar à dependência de cetamina.
O tratamento é personalizado, visando não só a melhora, mas a diminuição dos possíveis efeitos colaterais, desta forma, quando médico e paciente estão de acordo, o paciente é preparado e quando o local é agradável, o acompanhamento de uma pessoa de confiança, torna a experiência dissociativa bem tolerada.
Reforçamos que a indicação e aplicação da cetamina deve ser feita por um médico anestesista e dentro de ambiente hospitalar.
Se ainda tiver dúvidas, não deixe de nos contatar.
Referência:
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Chu, P. S. K. et al. ’Street ketamine’-associated bladder dysfunction: A report of ten cases. Hong Kong Med. J. 13, 311–313 (2007).
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