Conhecendo a história da cetamina: Quem é John Krystal?

por | abr 15, 2024 | Cetamina | 0 Comentários

John H. Krystal é diretor de psiquiatria da Universidade Yale, e um nome de destaque quando falamos sobre a cetamina e seu papel no tratamento da depressão.
Um dos pioneiros nos estudos com cetamina para depressão, tem contribuído significativamente para a compreensão de como a depressão funciona no cérebro.

A Jornada de Krystal com a Cetamina

A cetamina, inicialmente usada como anestésico em cirurgias desde os anos 1960, começou a ser estudada por Krystal e sua equipe nos anos 1990, para investigar o efeito de doses baixas da cetamina injetável sobre o humor das pessoas. Inicialmente, o foco de Krystal era entender mais sobre a esquizofrenia e a relação do transtorno com o neurotransmissor glutamato, sob influência da cetamina.

No entanto, após alguns testes, Krystal percebeu o papel do glutamato também na depressão resistente. Isso inaugurou uma nova linha de pesquisas completamente diferente, pois até então, a hipótese mais aceita para a causa da depressão era a de que o transtorno era causado pela falta de serotonina ou desequilíbrio químico. Essa descoberta foi um marco importante, pois até então, acreditava-se que a depressão era causada principalmente por um desequilíbrio de serotonina no cérebro.
Em 2000, publicou a primeira evidência de que o composto produzia um efeito antidepressivo rápido em humanos. Em um estudo com apenas oito pessoas, metade apresentou redução superior a 50% nos sintomas depressivos em um dia após uma única aplicação.
Chegou a conclusão de que a cetamina deve ser administrada em doses mais baixas do que as usadas na anestesia para ter efeitos antidepressivos. Isso ocorre porque doses mais baixas de cetamina liberam glutamato no cérebro, enquanto doses mais altas suprimem o glutamato.
O trabalho de Krystal com a cetamina tem sido fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos para a depressão. Sua pesquisa ajudou a abrir novos caminhos para o tratamento da depressão e oferece esperança para pessoas que não encontram respostas positivas nos tratamentos convencionais.

Caso esteja considerando a cetamina como uma opção de tratamento para a depressão, é crucial discutir isso com seu médico, mediante consulta, ele pode fornecer orientações sobre como a cetamina é apropriada e segura, com base no histórico médico e nas circunstâncias individuais.
A automedicação pode ser perigosa e é fortemente desaconselhada.
A cetamina representa uma nova esperança para aqueles que sofrem de depressão resistente ao tratamento. Com o uso adequado e a supervisão médica, a cetamina pode ser uma ferramenta valiosa na luta contra a depressão.
Reforçamos que a indicação e aplicação da cetamina deve ser feita por um médico anestesista e dentro de ambiente hospitalar.

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Referências:

C. et al. Efficacy and safety of intranasal esketamine for the rapid reduction of symptoms of depression and suicidality in patients at imminent risk for suicide: Results of a double-blind, randomized, placebo-controlled study. American Journal of Psychiatry. v. 175, n. 7, p. 620-30. 1º jul. 2018. AJUB, E. e LACERDA, A. L. T. Efficacy of esketamine in the treatment of depression with psychotic features: A case series. Biological Psychiatry. v. 83, p. 15-6. 2018. NUNES, M. V. et al. Efficacy of esketamine in the treatment of negative symptoms in schizophrenia – A case series. Schizophrenia Research. v. 202, p. 394-96. 2018
Krystal JH, Abdallah CG, Sanacora G, Charney DS, Duman RS. Ketamine: A Paradigm Shift for Depression Research and Treatment. Neuron. 2019 Mar 6;101(5):774-778. doi: 10.1016/j.neuron.2019.02.005. PMID: 30844397; PMCID: PMC6560624.

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